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Sem acordo, hospital de Regente Feijó anuncia fechamento definitivo

  • portalfnr
  • 25 de fev. de 2015
  • 3 min de leitura

A diretoria do Hospital e Maternidade de Regente Feijó decidiu encerrar definitivamente os atendimentos públicos na unidade a partir das 18h desta quarta-feira (25). A administração alega a falta de recursos para cobrir o déficit, que já chega a um total de R$ 600 mil, e prevê conceder férias coletivas aos funcionários.

Quem compareceu ao hospital na manhã desta quarta-feira (25), já pôde observar cartazes afixados na porta da unidade informando que o encerramento das atividades será realizado a partir das 18h “por falta de renovação de contrato com a Prefeitura de Regente Feijó”. Conforme o informativo, os atendimentos serão realizados apenas para planos particulares.

O diretor do Hospital e Maternidade de Regente Feijó, Ilcemir Scarabelli, revelou ao iFronteira na manhã desta quarta-feira (25) que a decisão será necesária devido à “falta de condições de manter um serviço de qualidade para a população”.

“Estamos encerrando as atividades totalmente porque não temos condições de manter o hospital aberto. Os recursos que recebemos não cobrem os custos e o déficit cresce a cada mês. O prejuízo é muito grande, então, é melhor parar”, destacou Scarabelli ao TV Fronteira.

Ainda de acordo com o diretor, o hospital acumula uma dívida mensal média de R$ 35 mil. “Os valores repassados pelo SUS [Sistema Único de Saúde] e pela Prefeitura de Regente Feijó não cobrem os gastos. A Prefeitura até fez uma proposta que não dá para cobrir os custos. Nós sabemos também da situação finaneira dos municípios, mas estamos com dificuldades de saldar os credores e não dá para continuar desta forma”, destacou Scarabelli

Conforme informado pelo diretor, o contrato com a Prefeitura de Regente Feijó venceu no último sábado (21), mas não houve acordo entre as partes para a definição do repasse. Questionado sobre a possibilidade de reversão da decisão, o diretor do hospital afirmou que a Prefeitura de Regente Feijó, juntamente com as demais que mantêm contrato com a unidade – Anhumas, Taciba e Indiana –, poderia aumentar os repasses à instituição.

“Dá para se reverter. É só sentar à mesa e conversar com as prefeituras. Estamos abertos e queremos atender a população, como sempre atendemos. Seria necessário um repasse de cerca de R$ 150 mil para trabalharmos normalmente”, completou Scarabelli, sem informar quanto cada município destina ao hospital.

A administração ainda estuda conceder férias coletivas aos 35 funcionários, incluindo médicos, que trabalham no Hospital e Maternidade de Regente Feijó. “Vamos conversar com os funcionários e definir o que vamos fazer posteriormente”, concluiu Scarabelli

Outro lado

O prefeito de Regente Feijó, Marco Antônio Pereira da Rocha (PSDB), assegurou que, caso o hospital realmente feche, a administração da unidade será responsabilizada por eventuais danos à população do município.

“Estou indo hoje [25] notificar o Ministério Público Estadual [MPE] e o hospital, já que, se fechar a porta, irá se responsabilizar criminal e civilmente se vir afetar alguma pessoa. O hospital é filantrópico e, caso feche, pode perder a filantropia e deixar de receber o repasse do SUS. Se fechar, a responsabilidade será deles”, disparou o prefeito ao TV Fronteira.

Marco Rocha, que também é presidente da União dos Municípios do Pontal do Paranapanema (Unipontal), argumentou que as prefeituras, de forma geral, estão passando por problemas financeiros, porém, o município tem cumprido o contrato firmado.

“O hospital é particular e, dentro da responsabilidade que me compete, eu tenho honrado o contrato religiosamente. Agora, eles também têm uma responsabilidade perante a sociedade”, informou. “As prefeituras devem gastar 15% com a saúde municipal, mas estamos gastando de 20% a 25% para prestarmos um serviço de qualidade”, pontuou Rocha

“Eu não vou resolver a situação do hospital. Quem tem de buscar manter o hospital, que é particular, de portas abertas, como eles almejam, são eles. Assim como é da minha responsabilidade gerenciar a saúde pública municipal”, acrescentou Rocha

Intervenção

O conflito entre a Prefeitura de Regente Feijó e o hospital já se arrasta desde o ano passado. Em julho de 2014, o Executivo municipal chegou a decretar “intervenção” na unidade. Na época, conforme publicado pelo iFronteira, o prefeito Marco Antônio Pereira da Rocha decretou a intervenção por um prazo de 180 dias. De acordo com o decreto, o prazo poderia ser prorrogado por igual período, caso houvesse necessidade.

“Houve o decreto, a auditoria das contas é da municipalidade e é feita no hospital, como é de praxe, mas não houve a intervenção, até porque não tem motivo para isso. O cumprimento do contrato sempre houve”, declarou o diretor do hospital, Ilcemir Scarabelli, nesta quarta-feira (25).“A intervenção não deu certo. Foi feito um acordo com o MPE e o Departamento Regional de Saúde [DRS], que ficou determinado o procedimento, mas a Promotoria de Regente Feijó entendeu que a medida não seria adequada”, acrescentou Marco Rocha, também nesta quarta-feira (25).

FONTE:IFRONTEIRA


 
 
 

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